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A Casa e os seus Mestres

A Casa e os seus Mestres

Sinopse

Este livro traz uma importante contribuição para a história da educação no Brasil. Além de trabalhar o conceito de "educação doméstica", método que foi constantemente usado para a educação das elites no Brasil de Oitocentos, ajuda a entender o processo de escolarização em nosso País. Na visão do professor Rogério Fernandes, da Universidade de Lisboa, que assina o prefácio da obra, Maria Celi penetra no interior das Casas onde se "lançavam os fundamentos do 'privilégio educativo", ainda hoje manifestado nos confrontos com a escola pública e que tantas vezes resultam na desvalorização desta como instância formativa". O tema que remete ao Brasil Imperial é, no entanto, bastante atual, já que hoje ninguém pode ignorar os problemas das escolas públicas e privadas no Brasil e em outros países. Nos Estados Unidos, por exemplo, muitas famílias estão optando pelo ensino no interior do lar, seja pela permanência dos valores e da segurança física, como pela eficiência pedagógica. Para retratar a trajetória da "educação na casa", Maria Celi escolheu o Brasil do século XIX, por ser o período que se caracterizou pelo maior desenvolvimento de tais práticas educativas. E o lugar não poderia ser outro que a Província do Rio de Janeiro, a efervescente Corte, onde se concentrava o maior índice populacional do Império. O que não falta neste livro que nasceu de uma tese são fontes, oriundas de uma extensa pesquisa, sendo que uma das mais interessantes são os anúncios publicados pela imprensa. Só para aumentar a curiosidade do leitor há pérolas como estas: Professor. Um professor casado, que dá fiador de sua conducta, se propões a ensinar, em casa de família, o portuguez, latim, francês, musica e piano; quem de seu préstimo precisar dirija-se, para informar ä Rua Sete de Setembro n.159. Uma senhora completamente habilitada aceita uma menina até 10 annos de idade. Ensinando o curso primário e trabalhos de agulha, dando casa, comida e roupa lavada e engomada, por módico preço: na Rua do Riachuelo n.210. Não é ficção. É o Brasil de Oitocentos