Desafiando a maneira como entendemos a história da luta antirracista, este livro enfrenta a uma discussão central na política contemporânea. Qual fator é mais importante: classe ou raça? Para demolir o impasse gerado por tal polêmica, Asad Haider recorre ao rico legado da luta contra o racismo nos Estados Unidos. E, baseando-se nas palavras e ações dos teóricos revolucionários negros, argumenta que a política de identidade não é sinônimo de luta antirracista, mas, ao contrário, equivale à neutralização de seus movimentos.
É a partir de Malcolm X, dos Panteras Negras e de vários outros pensadores revolucionários que Haider sustenta a urgência da solidariedade e da luta coletiva contra uma estrutura social opressiva.
Para o jornal inglês The Guardian, este é o melhor livro já escrito sobre o identitarismo: "é fascinante. Haider se move com destreza em terrenos difíceis. Sua escrita é precisa e instigante. Seu marxismo não é um mausoléu, mas uma coisa viva que respira, e realiza o que Lênin chamou de 'análise concreta da situação concreta', fiel ao método do materialismo histórico, embora flexível diante de uma realidade social fluida. E ele escreve tanto como um militante quanto como um teórico, alguém que acredita que a teoria é parte integrante da luta política e que o rigor teórico é uma ferramenta política".