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Cadeiras proibidas

Cadeiras proibidas

Sinopse

Em Cadeiras Proibidas, Ignácio de Loyola Brandão diz muito desde uma época em que pouco se podia dizer. Publicado inicialmente em 1976, tempo em que o Brasil passava por momentos de medo e censura por causa da ditadura, o livro narra histórias que falam da realidade - do Cotidiano, do Corpo, do Clima, do Mundo, da Indagação, da Descoberta, da Ação e da Vida - escondendo-a através do fantástico. Resultado? Histórias que surpreendem o leitor, até hoje, desde a estranheza causada por seus títulos - O homem cuja orelha cresceu, O homem que dissolvia xícaras, O homem que atravessava portas de vidro - até as cenas surrealistas descritas e os finais intrigantes, questionadores ou, simplesmente, lacônicos e insólitos. Estava contando os dedos, para saber se tinha cinco ou seis, quando viu, no banco a sua frente, um homem contando os cabelos.

Autor

Jornalista e escritor, Brandão publicou dezenas de livros, entre romances, contos, crônicas e viagens, além de ter participado de várias antologias. Nasceu em Araraquara (SP), em 31 de julho de 1936. Filho de um ferroviário, tornou-se crítico de cinema aos 16 anos, quando soube que crítico não pagava entrada em cinema. Assim enveredou pelo jornalismo. Em 1957, mudou-se para São Paulo e foi trabalhar no jornal Última Hora como repórter. Estreou com um livro de contos sobre a noite paulistana, Depois do Sol. Seu primeiro romance, Bebel que a Cidade Comeu, foi publicado em 1968. Em 1974, foi lançado na Itália o romance Zero, sua obra mais conhecida. Editado no Brasil no ano seguinte, o livro foi proibido em 1976 pelo Ministério da Justiça do governo Geisel. A obra só seria liberada em 1979. Em 1993, iniciou colaboração semanal no jornal O Estado de S.Paulo. Em 1996, submeteu-se a uma cirurgia para a retirada de um aneurisma cerebral e registrou a experiência no livro Veia Bailarina, em 1997. Tendo como cenário a ditadura militar e o exílio, sua obra romanesca faz uma crítica amarga da sociedade brasileira, mas também fala de amor e solidão. Em julho de 2001, por ocasião de seu aniversário, foi homenageado pelo Instituto Moreira Salles, com a publicação de sua vida e obra no volume 11 da série Cadernos de Literatura Brasileira. Em suas crônicas, são frequentes as referências à infância em Araraquara, aos colegas de geração e ao cotidiano da cidade de São Paulo.