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"Combate" à corrupção e ditadura civil-militar

Sinopse

Este livro tem como principal finalidade discutir como os grupos que estiveram à frente do Golpe de 1964 e da posterior ditadura civil-militar instaurada elaboraram um discurso de combate à corrupção e à subversão política como forma de legitimar a sua intervenção e permanência no poder por 21 anos no Brasil. Nesse sentido, a política de "combate" à corrupção e à subversão se deu oficialmente por meio da criação de duas Comissões Gerais de Investigação (CGI), a primeira constituída em 1964 e a segunda em 1968. Tais órgãos tinham a função de investigar e punir supostos corruptos e subversivos. Há indícios, porém, de que essas comissões eram seletivas, devido a interferências políticas no exercício de suas atribuições. Em torno dessa análise, de forma recortada, abordaremos o caso de Miracema, em que o ex-prefeito da cidade foi denunciado e processado pela CGI, ao nosso ver, sobretudo por motivações políticas. Nessa perspectiva, discutiremos como a ideia que associa a instituição militar à moralidade, consolidada a partir do golpe, permanece presente em nossa sociedade, por meio da disputa de projetos de memória sobre o período em discussão.