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Educação e trabalho em tempos de intervenção reguladora do capital

Educação e trabalho em tempos de intervenção reguladora do capital

Sinopse

O trabalho é uma intervenção dos seres humanos no ambiente e existe desde que esses passaram a produzir, metabolizando suas condições de existência. Esse argumento já contém implícita a explicação do que é o ser humano: é o seu trabalho, uma vez que, pelo trabalho, de modo intencional e objetivado, produz condições para sua vida e, ao mesmo tempo, se autoproduz, elaborando sua historicidade e sociabilizando-se. Como essa intervenção no ambiente não é natural, pois se aprende a trabalhar, é possível também compreender-se que há uma relação intrínseca entre educação e trabalho, constituidora do ser humano que, ao trabalhar, produz-se humano e, em contínuo, educa-se. São essas as dimensões ontológicas e históricas da relação trabalho e educação. Os sujeitos, então, se autoproduzem, em decorrência do trabalho, reconhecendo-se humanos, produzindo historicidade. Nesse processo, demasiadamente social, a educação está em consonância com o social, tanto o reproduzindo, quanto se apresentando crítica e subsidiando a resistência. Especialmente no momento histórico atual, a educação pode ser um espaço e um tempo de resistência. Entretanto, por não ser pauta primordial de investimentos de toda ordem, parece subsumir-se aos movimentos políticos cotidianos. Nesse sentido, com o intuito de pôr em relevo a relação entre educação e trabalho como subsídio para discutir-se a educação, a escola, o momento político atual, reuniu-se neste compêndio textos de diversos autores que se dedicam a esse tema. Provenientes das diversas regiões brasileiras e do México, os autores, como se abordará a seguir, têm em comum analisar a educação, o social, os seres humanos a partir da relação educação e trabalho. O livro que ora se apresenta encontra-se dividido em partes, como forma de abordar a temática "Educação e Trabalho em tempos de intervenção reguladora do Capital", em duas distintas dimensões: a Parte I, "Educação e Trabalho no Brasil e no Mundo" e a Parte II, "Classes, Capitalismo e Educação no Brasil". A Parte I, "Educação e Trabalho no Brasil e no Mundo", enseja um conjunto de cinco textos que analisam as categorias trabalho e educação a partir do olhar das diferentes estruturas em que ocorrem e das suas relações para a formação humana. Nesse sentido, é composta por textos que consideram a precarização do trabalho dos professores da Educação Básica e da Educação Profissional no Brasil, desde a perspectiva da sua formação ao seu vínculo empregatício, a formação sindical de trabalhadores na Espanha e no Brasil, a relação entre a formação e as exigências de ingresso no mercado de trabalho de estudantes egressos das Instituições de Ensino Superior do México e, como um amálgama, se encerra com um texto que busca delinear relações entre educação, qualificação profissional e reprodução social, a partir de uma abordagem ontológica. A Parte II, "Classes, Capitalismo e Educação no Brasil", aglutina uma coleção de outros cinco textos que, tendo o Estado como pano de fundo, busca analisar as relações desse Estado no mundo capitalista, a partir da discussão sobre o lugar da educação no capitalismo de hoje, quando tudo se transforma em mercadoria. Também analisa a relação entre Estado e classes sociais, a divisão do trabalho na organização da escola no Brasil e, no capitalismo de hoje, as relações entre educação e trabalho.