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Ignácio de Loyola Brandão

Ignácio de Loyola Brandão

Sinopse

A presente seleção contempla 23 crônicas de Ignácio de Loyola Brandão, agrupadas em seis temas: "De Araraquara a São Paulo", "Cenas de rua", "Foi comigo mesmo", "Sem fantasia", "Só rindo..." e "E uma declaração de amor...". Pequenos fatos do cotidiano, situações engraçadas, pessoas anônimas, acontecimentos políticos e sociais do Brasil e do mundo, reminiscências da cidade natal, a vida na cidade grande, dúvidas, denúncias, relatos pessoais e encontros são registrados pelo olhar atento e aguçado de Loyola, ora de forma leve e bem-humorada, ora de forma mais crítica e reflexiva.No dia em que os aviões mergulharam nas torres nova-iorquinas, ao sair à rua para vir trabalhar, dei com uma jovem, adolescente, grávida. Ela acariciava a barriga. (...) Lá dentro, a criança não sabia de nada. Não tinha informações sobre o mundo que virá habitar dentro de pouco tempo.

Autor

Jornalista e escritor, Brandão publicou dezenas de livros, entre romances, contos, crônicas e viagens, além de ter participado de várias antologias. Nasceu em Araraquara (SP), em 31 de julho de 1936. Filho de um ferroviário, tornou-se crítico de cinema aos 16 anos, quando soube que crítico não pagava entrada em cinema. Assim enveredou pelo jornalismo. Em 1957, mudou-se para São Paulo e foi trabalhar no jornal Última Hora como repórter. Estreou com um livro de contos sobre a noite paulistana, Depois do Sol. Seu primeiro romance, Bebel que a Cidade Comeu, foi publicado em 1968. Em 1974, foi lançado na Itália o romance Zero, sua obra mais conhecida. Editado no Brasil no ano seguinte, o livro foi proibido em 1976 pelo Ministério da Justiça do governo Geisel. A obra só seria liberada em 1979. Em 1993, iniciou colaboração semanal no jornal O Estado de S.Paulo. Em 1996, submeteu-se a uma cirurgia para a retirada de um aneurisma cerebral e registrou a experiência no livro Veia Bailarina, em 1997. Tendo como cenário a ditadura militar e o exílio, sua obra romanesca faz uma crítica amarga da sociedade brasileira, mas também fala de amor e solidão. Em julho de 2001, por ocasião de seu aniversário, foi homenageado pelo Instituto Moreira Salles, com a publicação de sua vida e obra no volume 11 da série Cadernos de Literatura Brasileira. Em suas crônicas, são frequentes as referências à infância em Araraquara, aos colegas de geração e ao cotidiano da cidade de São Paulo.