Apoiada em três eixos – os conhecimentos e práticas de observação dos astros e a predição do futuro; as formas pelas quais as instituições ligadas à produção literária e filosófica constribuíram para o desenvolvimento desses conhecimentos; e o posicionamento das autoridades católicas sobre o assunto –, a obra analisa o uso da astrologia e das previsões feitas com base nos indícios do céu nos séculos XIII a XV. Aborda o estudo astrológico em ambiente universitário e na cátedra de astronomia na era medieval, época em que a astrologia era uma arma para monarcas e religiosos que buscavam se precaver contra os inimigos dinásticos e da fé. Da análise, destacam-se embates conceituais e filosóficos, políticos e teológicos, que resultaram no desenvolvimento de noções importantes para os períodos históricos posteriores, marcados pelas grandes navegações e pelo nascimento das ciências modernas.