Categorias Ver Todas >

Audiolivros Ver Todos >

E-books Ver Todos >

Matrizes da modernidade republicana

Matrizes da modernidade republicana

Sinopse

Em sua tese de doutorado, defendida em 2002 na Faculdade de Educação da USP, agora transformada em livro, o próprio autor diz que a intenção de seu trabalho foi resgatar os sentidos diversos e justapostos assumidos pelo ideário educacional, tomando como referência os discursos políticos de figuras de destaque no pensamento social brasileiro, nos quais o tema educacional nem sempre é o centro da preocupação. Ou seja, Marlos buscou entender o pensamento educacional no campo mais vasto da cultura política. Para tanto, faz ampla e inovadora leitura de expoentes que vão da geração da ilustração brasileira aos pioneiros da educação. Rui Barbosa e Alberto Salles, na leitura do autor, fazem parte daquela geração que antecedeu a geração dos críticos republicanos, esta formada por autores aqui trabalhados, de Alberto Torres e Oliveira Vianna até Vicente Licínio Cardoso e Fernando de Azevedo, este como representante do republicanismo paulista. Os pioneiros da educação são um desdobramento dos críticos republicanos, mas que já escapam em muitos sentidos dos supostos dessa geração, apontando para um certo sentido de moderno na educação brasileira. Fernando de Azevedo e Anísio Teixeira são expressões diferenciadas desse "ator moderno". Nesta vasta leitura e na rica análise que dela deriva, o livro resgata as contribuições de outros importantes educadores, entre eles Carneiro Leão, nos anos de 1920, e Jorge Nagle, nos anos de 1970. Novamente usando as palavras do autor na tese citada: "O trabalho resgata trajetórias de deslocamentos históricos, tanto do ponto de vista institucional como do conceitual. E o conceito não é nele percebido como reflexo; é tomado como constitutivo do próprio deslocamento. Ele muda o registro de uma percepção. Nesse sentido, torna-se objeto por excelência do estudo". E, por fim, "O trabalho pretende agregar ao debate educacional contemporâneo dimensões críticas que possam situar certos fundamentos de nossas convicções, sempre alertando para a concepção de modernidade subjacente". Osmar Fávero (Professor titular da Universidade Federal Fluminense)