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Me ajuda a olhar?

Me ajuda a olhar?

Sinopse

Ser ou não ser, eis a questão. Mas ser o que? Ou não ser... Maria Valentina procurou responder. A si mesma, por primeiro. "Lembrar-me da vida que passou, incorporá-la e superá-la para chegar a ser?" pensou Valentina. O que o presente custou ao passado e o quanto o presente estará custando ao futuro... Quando o futuro é muito mais curto do que o passado, é preciso encontrar outro conceito de tempo. Desde a juventude buscava sonhar. Pensava que a vida não pode ser apenas respirar, comer, dormir... "Cheira céu" era seu apelido na escola. Mas tinha consciência de que cheirar o céu não a tornava diferente das outras pessoas. Conseguiu manter o equilíbrio, sonhando. Primeiro seus sonhos tiveram o nome de poesia, depois religião, família, política de partido. Então percebeu que esse último sonho era o mais enganoso de todos. O que lhe resta é denunciar. Após 50 anos de magistério fez um trabalho voluntário, de desenvolvimento cognitivo, que durou mais de 5 anos. E então veio a pandemia. Isolamento social. "Já é difícil envelhecer", pensava. "Muito mais durante uma pandemia". Decidiu escrever crônicas. Não uma autobiografia, nem auto - ficção. Uma criação de sentido. Para escrever esse livro inventou o pseudônimo de Maria Valentina dos Passos. Por que dos Passos? Porque assistiu em Granada, na Espanha, à procissão dos passos da paixão de Cristo. E compreendeu que o melhor momento para desprezar a dor é aquele em que ela passa dos limites. Então a resiliência despertou nela o sentido da vida. Tendo como símbolo o amor perfeito, uma flor delicada que resiste ao frio, ao granizo e à geada. Finaliza: o espírito do nosso tempo é um tempo onde falta o espírito. Dinheiro e poder são as patologias da sociedade contemporânea. Intitula suas primeiras crônicas: Os gigolôs da democracia – Crônica da desilusão e Política de Partido - Crônica dos gigolôs. As vinte crônicas podem ajudar a olhar a vida. Maria Valentina espera mais que isso. Porque é preciso mergulhar nela... e sobreviver.