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O cão da meia-noite

O cão da meia-noite

Sinopse

O "Cão da Meia-noite" reúne os melhores contos de Marcos Rey. O cenário é São Paulo, não a cidade dos executivos, do comércio intenso, das grandes empresas situadas na avenida Paulista, mas uma São Paulo que começa a viver quando a noite cai, habitada por uma fauna humana exótica aos olhos dos que vivem de dia, seres atormentados, quase de outro mundo, frequentadores de bares, em busca de uma aventura sexual barata, alcoólatras, a gente da noite. Nos oito contos do livro a presença dominante é a solidão humana das grandes metrópoles modernas, e os problemas dela decorrentes: a incomunicabilidade entre as criaturas, o vale-tudo para se conseguir dinheiro ou chegar ao prazer, o egoísmo, a esperteza em todos os seus matizes, registradas com ironia, sarcasmo, humor corrosivo. Com domínio absoluto da técnica do conto, sabendo como desenvolver uma história, prender o leitor e só soltá-lo na última linha, Marcos Rey apresenta, de forma quase impiedosa, os personagens de seu mundo. São escribas de alma contraditória, oscilando entre a piedade e a crueldade, mas ainda com um resto de sentimento humano, como o notívago de O Cão da Meia-noite, obra-prima, um dos mais belos contos de animais da literatura brasileira; o maníaco desequilibrado de "Eu e Meu Fusca"; a pequena odisseia de um publicitário desempregado ("O Bar dos Cento e Tanto Dias"); uma noite de desencontros numa reunião de gente endinheirada ("A Escalação"); a desilusão do motorista de táxi interessado em política ("O Adhemarista"); a festa na mansão de um magnata, com farto consumo de álcool e lança-perfume ("Soy Loco por ti, América!"); a noite felliniana de alguns amigos até a madrugada ("Traje de Rigor"); o jogo de engana-engana entre um artista e seu secretário, pela posse de uma mulher ("Mustang Cor de Sangue"); retratos do vazio existencial da gente da noite.

Autor

Autor de uma vasta produção de obras literárias e audiovisuais, assumiu o ofício de escrever o tempo todo, e viveu de seus textos e criações. Destacou-se pela qualidade de seus contos e romances – literatura de realismo urbano – captando e recriando a atmosfera da grande cidade e de seus personagens; e a aristocracia, a classe média e a vida noturna. Marcos Rey escrevia como se estivesse filmando o cotidiano e a realidade da metrópole paulistana. Nasceu em São Paulo em 1925, e desde a infância era um inveterado leitor. Publicou seu primeiro conto aos 16 anos no jornal Folha da Manhã, já usando o nome "Marcos Rey" (Edmundo Donato era seu nome verdadeiro). Seu primeiro romance publicado foi Um Gato no Triângulo , em 1953. Habilidoso e versátil, Rey passou pelos anos 50, 60, 70, 80 e 90 como cronista, contista, roteirista de rádio, televisão e cinema, em programas de humor, rádio-almanaques, novelas e minisséries, e também foi redator publicitário. É autor de uma deliciosa coleção de romances de aventura e mistério para jovens leitores, livros escritos anualmente a partir da década de 1980, como O mistério do 5 Estrelas, O Diabo no Porta-malas e Sozinha no Mundo, entre outros grandes sucessos de público.