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O mulo

O mulo

Sinopse

Nesta obra Darcy narra de forma envolvente os problemas do Brasil: os desmandos políticos e toda a carga de violência nele embutida. Uma obra provocadora, em que o escritor retrata a história do nosso povo do campo, os sertanejos goianos e mineiros que sofrem diariamente com as asperezas de seu cotidiano de trabalho.Publicado pela primeira vez em 1981 e traduzido para o italiano, o espanhol e o alemão, O mulo traz ao leitor, em seus nove capítulos, o universo ora vivido, ora fantasiado por Philogônio Castro Maya, personagem principal da obra. Habitante do sertão goiano, cuja trajetória é contada por ele próprio, num exame de consciência que realiza ao sentir que o fim de sua vida se aproxima. Na obra, ele decide deixar à disposição de um padre um testemunho de toda sua trajetória, revelando a gênese de sua alma pelas dificuldades impostas pelo cotidiano miserável da existência sertaneja e pela conquista de um novo patamar em sua vida, o de dono de terras, no qual passa a experimentar a dor e as vantagens de ter se tornado aquele que usufrui do poder de mandar.

Autor

Darcy Ribeiro nasceu em Montes Claros, Minas Gerais, em 26 de outubro de 1922. Formado em Ciências Sociais pela Escola de Sociologia e Política de São Paulo em 1946, Darcy construiu uma brilhante carreira intelectual de projeção internacional, notadamente nos campos da antropologia, etnologia e educação. Além de ter sido um estudioso do modo de vida dos povos indígenas, Darcy os defendeu arduamente. Em 1954, organizou no Rio de Janeiro o Museu do Índio, o qual dirigiu até 1957. Também em 1954, elaborou o plano de criação do Parque Indígena do Xingu, situado ao norte do estado de Mato Grosso. Darcy Ribeiro destacou-se como escritor, educador e político, além de ter sido figura presente nos momentos centrais da história brasileira da segunda metade do século XX. Foi ministro-chefe da Casa Civil do governo João Goulart (durante o qual foi também ministro da Educação) e foi eleito vice-governador do Rio de Janeiro em 1982. Neste período, foi concomitantemente secretário de Estado da Cultura e coordenador do Programa Especial de Educação, com a missão de implantar 500 CIEPs no Estado do Rio de Janeiro. Exerceu papel central na fundação da Universidade de Brasília, em 1962, da qual foi o primeiro reitor. Foi senador da República entre 1991 e 1997 e membro da Academia Brasileira de Letras. Faleceu em Brasília em 17 de fevereiro de 1997.