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O primeiro emprego

O primeiro emprego

Sinopse

O desemprego, que afeta milhões de pessoas no Brasil e no mundo, atingindo com especial perversidade os jovens em busca de uma primeira oportunidade profissional, foi tema de uma pesquisa apaixonada de Maria Rita Loyola, filha do escritor Ignácio de Loyola Brandão. Sugestionado pelo interesse da filha e suas indagações a respeito do primeiro emprego na década de 1950, quando ele se iniciou na vida profissional, o escritor resvalou para o túnel do tempo, lembrando sua experiência pessoal. Daí, para a elaboração de um texto, recordando o início de sua vida profissional, foi um pulo. O relato de Ignácio de Loyola conta fatos do passado, com insights no presente, utilizando como contraponto trechos da pesquisa de Maria Rita e fotos de época, estabelecendo dessa forma um paralelo entre duas épocas. "Juntando as peças, o leitor terá a imagem de uma questão que não angustia apenas os jovens e adultos em busca de emprego, mas governantes e empresários, porque se trata de uma preocupação que envolve os destinos do Brasil", observa Brandão. Como o autor faz questão de frisar, não se trata de memórias, mas da lembrança de um momento da vida de um jovem, "filho de operário, que não parecia ter muitas chances na vida, avaliando o panorama de empregos de uma época".

Autor

Jornalista e escritor, Brandão publicou dezenas de livros, entre romances, contos, crônicas e viagens, além de ter participado de várias antologias. Nasceu em Araraquara (SP), em 31 de julho de 1936. Filho de um ferroviário, tornou-se crítico de cinema aos 16 anos, quando soube que crítico não pagava entrada em cinema. Assim enveredou pelo jornalismo. Em 1957, mudou-se para São Paulo e foi trabalhar no jornal Última Hora como repórter. Estreou com um livro de contos sobre a noite paulistana, Depois do Sol. Seu primeiro romance, Bebel que a Cidade Comeu, foi publicado em 1968. Em 1974, foi lançado na Itália o romance Zero, sua obra mais conhecida. Editado no Brasil no ano seguinte, o livro foi proibido em 1976 pelo Ministério da Justiça do governo Geisel. A obra só seria liberada em 1979. Em 1993, iniciou colaboração semanal no jornal O Estado de S.Paulo. Em 1996, submeteu-se a uma cirurgia para a retirada de um aneurisma cerebral e registrou a experiência no livro Veia Bailarina, em 1997. Tendo como cenário a ditadura militar e o exílio, sua obra romanesca faz uma crítica amarga da sociedade brasileira, mas também fala de amor e solidão. Em julho de 2001, por ocasião de seu aniversário, foi homenageado pelo Instituto Moreira Salles, com a publicação de sua vida e obra no volume 11 da série Cadernos de Literatura Brasileira. Em suas crônicas, são frequentes as referências à infância em Araraquara, aos colegas de geração e ao cotidiano da cidade de São Paulo.