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Panorama do teatro brasileiro

Panorama do teatro brasileiro

Sinopse

Durante muito tempo a crítica encarou com um certo menosprezo o teatro brasileiro. Elegendo como padrão, em geral, peças do repertório francês, os críticos acabavam sempre por propor comparações descabidas entre autores nacionais e estrangeiros. Com uma agravante: na visão deles, tudo que fosse brasileiro era ruim e imitativo. Quando muito, reconheciam o esforço dos românticos para compreender e revelar o país, um certo sentimento brasileiro em Martins Pena e uma ou outra concessão generosa. Essa mentalidade só seria abalada no século passado, com o aparecimento de autores de presença mais impactante, como Nelson Rodrigues, mas sobretudo por uma tentativa honesta de reavaliação do teatro brasileiro, a partir de suas origens. Neste ponto, o Panorama do Teatro Brasileiro, de Sábato Magaldi, se firmou desde a sua publicação como um clássico da historiografia teatral. Clássico um tanto à maneira de Casa-grande & Senzala, no sentido de trazer à cena fatos até então desprezados ou mal compreendidos, como as relações entre realidade social e teatro, as motivações artísticas, a valorização do papel dos atores. Afinal, o teatro brasileiro nasceu como forma de catequese, utilizando atores improvisados. Sem preconceitos, falso otimismo ou submissão às opiniões do passado, Sábato Magaldi analisa o teatro brasileiro época a época, autor a autor, procedendo a reavaliações, aprofundando a compreensão de autores como José de Alencar e França Júnior, detectando vínculos entre as peças e a realidade social, sem jamais perder de vista o primado do estético. Esta edição está atualizada, tanto quanto o permite a dinâmica da vida. Ao texto primitivo, de 1962, foram acrescidos dois apêndices, tratando da dramaturgia atual e das tendências observadas nas últimas décadas.

Autor

Sábato Antonio Magaldi nasceu em Belo Horizonte, MG, em 9 de maio de 1927. Professor, escritor e crítico de teatro, é um dos mais expressivos pensadores do teatro brasileiro. Sua atuação como crítico se iniciou em 1950, no jornal Diário Carioca, e seguiu principalmente pelos jornais O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde, onde se aposentou em 1988. Na universidade, depois de formar-se em Direito, obteve o certificado de Estética da Sorbonne; doutorou-se na Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras Humanas (USP), com a tese O Teatro de Oswald de Andrade; fez livre-docência na Escola de Comunicações e Artes (USP), com a tese Nelson Rodrigues: Dramaturgia e Encenações; e se tornou, em 1987, professor titular de Teatro Brasileiro. Além de lecionar na Universidade de São Paulo, Sábato foi professor associado da Universidade de Paris III (Sorbonne Nouvelle) e da Universidade de Provence (Aix-en-Provence), e proferiu conferências em países como Alemanha, Itália, França, Portugal, Áustria, Chile, Argentina, Uruguai e Peru. É autor de inúmeros livros, artigos e prefácios, entre os quais os livros Panorama do Teatro Brasileiro,Iniciação ao Teatro, Nelson Rodrigues: Dramaturgia e Encenação, O Texto no Teatro, Moderna Dramaturgia Brasileira, entre outros. É vencedor de mais de quinze prêmios, entre os quais o Prêmio Jabuti de Teatro (1963 e 1965), o Prêmio Molière (1976), o Prêmio Machado de Assis, da Academia Brasileira de Letras (conjunto da obra – 1990), o Prêmio Especial da Associação de Produtores de Espetáculos Teatrais de São Paulo (1994) e o Prêmio da Sociedade Brasileira de Autores Teatrais (1995). Em 1995, tornou-se membro da Academia Brasileira de Letras. Pela Global Editora tem publicadas as seguintes obras: Panorama do Teatro Brasileiro, Teatro da Obsessão: Nelson Rodrigues e Teatro da Ruptura: Oswald de Andrade. Além dos três livros, dirige a coleção Melhor Teatro.