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A história da bunda e não só

A história da bunda e não só

Sinopse

Quando, com 7 anos, em 1956, meu finado pai, à época guarda fiscal aduaneiro na fronteira de Angola com o ex-Congo Belga, levou-me para Maquela do Zombo, Angola, para aprender a ler e escrever, jurei a mim mesmo aprender o melhor possível a lidar com minha língua de origem, o português. Apesar de, e por força das circunstâncias, a escola que ia iniciar meu aprendizado ser situada em Angola, eu sabia antecipadamente que por lá haviam mais línguas faladas pelos naturais da terra, línguas não gramaticadas (os chamados dialetos) que poderiam prejudicar pelo convívio o meu aprendizado da língua oficial, mas, mesmo assim, dediquei-me a aprender o melhor que os meios me facultavam. Com o tempo e com o convívio, fui descobrindo que o nosso português vem sofrendo alterações, mutações e adaptações ao conviver com outras línguas, e, assim, outras palavras, de outras origens, vão fazendo parte de nosso cotidiano verbal. A palavra "bunda" não foi exceção e, a partir de certa oportunidade, incorporou-se ao modo de se falar o português no Brasil. Portanto, bunda não é de origem portuguesa, mesmo sendo esse o idioma que até hoje sobrevive nesse país continente. Muitas são as palavras que os colonizadores portugueses aqui introduziram de outros idiomas, com quem tinham contato e aproximação, caso dos índios do Brasil, dos africanos de diversas regiões, dos asiáticos – principalmente da Índia e da China –, nesse rescaldo de aproximação e convívio. Hoje existem no mundo 10 nações cuja língua oficial é o Português, a saber: Portugal, Brasil, Angola, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, Guiné Equatorial, Guiné Bissau, Moçambique, Macau e Timor Leste.