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A revolução cristã

A revolução cristã

Sinopse

O que o cristianismo representou para a história da humanidade? A Idade Média foi mesmo "das Trevas"? A era da razão trouxe só coisas boas? Quais os mitos sobre a religião criados pelo Iluminismo e reforçados por pensadores do mundo contemporâneo?

 

A nova fé que surgia na Antiguidade tardia era uma mudança radical de pensamento, sensibilidade, cultura, moralidade e espiritualidade em relação à Roma pagã: propunha a libertação do fatalismo, do desespero cósmico e do terror perante entidades ocultas; conferia dignidade a todas as pessoas; acolhia as mulheres; subvertia os aspectos mais cruéis da sociedade; desmistificava, ao menos em parte, o poder político; criava uma comunidade moral que nunca havia existido; e exaltava a prática da caridade acima de todas as virtudes.

A revolução cristã mostra como o cristianismo revolucionou o pensamento ocidental de forma nunca antes vista. O teólogo David Bentley Hart confronta as ideias de Christopher Hitchens, Richard Dawkins e outros pensadores ateus críticos sobre religião, fazendo uma revisão histórica do papel da cristandade nos diferentes períodos da humanidade. De início, faz uma crítica à narrativa que a era moderna construiu sobre si mesma: uma ideia de triunfo da razão crítica sobre a fé irracional, do progresso, de uma suposta tolerância do Estado laico. Mas será que a "era da razão" foi de fato tão racional e menos opressora que o período medieval?

Sem deixar de reconhecer conquistas notáveis da modernidade em várias áreas — como na medicina, na filosofia, na ideologia social ou no pensamento político —, David Bentley Hart questiona a liberdade e a racionalidade da "era da razão", que instituiu dogmas inflexíveis nas diversas áreas do conhecimento e gerou regimes seculares não necessariamente menos opressores que os do período anterior.

A revolução cristã propõe uma releitura da história da cristandade, desde o seu surgimento, passando pela Idade Média, até a reescrita do passado cristão pela modernidade e os críticos contemporâneos. Com colocações provocativas e análises amplas e complexas da atuação do cristianismo nos períodos tidos como mais obscuros e mais iluminados do Ocidente, esta obra nos leva a repensar algumas das narrativas históricas construídas na modernidade e relembrar o quão revolucionário o cristianismo foi para a comunidade da época, com valores éticos que continuam sendo basilares para a cultura ocidental, sobretudo na promoção da caridade e do respeito à dignidade humana.