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Balança que o Samba é uma Herança: Sambistas, Mercado Fonográfico, Debates Culturais e Racismo nas Décadas de 1960 a 1980

Balança que o Samba é uma Herança: Sambistas, Mercado Fonográfico, Debates Culturais e Racismo nas Décadas de 1960 a 1980

Sinopse

Este livro se destina a todos que se interessam pela história do samba, do mercado fonográfico brasileiro e por questões sobre racismo e a importância e contribuição dos negros para a cultura e história brasileira. Como um grupo de sambistas reagiu após perceber o risco de suas criações serem reduzidas a um mero produto desvinculado de suas ligações simbólicas com a oralidade e a tradição? Eles se incomodaram com a perspectiva de perderem a capacidade de definir as instâncias e parâmetros de legitimidade, abrindo brechas para que suas criações fossem convertidas em objetos de consumo cujo valor e significado fossem definidos de fora pra dentro. Por isso, eles não ficaram apáticos. Buscaram formas de reagir e conciliar as oportunidades que o mercado fonográfico oferecia com a defesa de ideais de tradição e de uma memória associada às suas identidades, entrando nos debates culturais que permeavam o Brasil. Que estratégias esses sambistas utilizaram para expor e defender suas opiniões? Quem eram esses sambistas? Quais elementos das trajetórias pessoais e artísticas podemos destacar? Como foi a relação com as escolas de samba? Como se aproximaram e lidaram com o mercado fonográfico? Que posicionamentos sobre a condição do sambista e do negro na história e na sociedade brasileira defenderam? De que modo o racismo estrutural da sociedade brasileira atuou sobre suas trajetórias? São perguntas como essas que procuro responder neste livro. A obra funciona como uma introdução à história do samba, na medida em que analiso temas como significados culturais desse gênero musical e abordo, entre outras questões, o apagamento de negros e mulheres na história do samba, as ligações de sambistas com as escolas de samba, as mudanças pelas quais o mercado fonográfico brasileiro passou, a partir da década de 1960, o surgimento do pagode e analiso uma série de intervenções de sambistas feitas por meio de canções, discos, livros, documentários, entrevistas e depoimentos.