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Consciência e realidade nacional - volume 2

Consciência e realidade nacional - volume 2

Sinopse

Com a reedição dos dois grandes volumes de “Consciência e realidade nacional”, publicados pela primeira vez em 1960 e há muitos anos esgotados, a editora Contraponto prossegue o projeto de tornar disponíveis ao público leitor brasileiro as principais obras de um dos nossos maiores filósofos.

Antes, editamos o inédito “O conceito de tecnologia”, também em dois volumes, “A sociologia dos países subdesenvolvidos” e “Ciência e existência: problemas filosóficos da pesquisa científica”. A sequência prosseguirá.

Álvaro Vieira Pinto (1909-1987) foi catedrático da Faculdade Nacional de Filosofia da então Universidade do Brasil (hoje UFRJ), professor admiradíssimo por várias gerações de alunos e um dos principais animadores do Instituto Superior de Estudos Brasileiros (Iseb), a mais importante entidade envolvida nos debates do ciclo desenvolvimentista nas décadas de 1950 e 1960. Foi para o exílio depois do golpe militar de 1964.

Sua obra, até hoje revelada aos poucos, mantém um fio condutor que revela um ambicioso projeto intelectual: discutir o ser nacional à luz de uma visão filosófica e antropológica do conceito de trabalho, central para propiciar uma leitura histórica da sociedade. 

Impulsionado pelo trabalho, o processo de desenvolvimento deve propiciar recursos cada vez mais elaborados para o homem lidar com a realidade: “O modo pelo qual o homem vê o mundo tem como uma das causas condicionadoras a natureza do trabalho que executa e a qualidade dos instrumentos e processos que emprega.”

Mas o desenvolvimento da nação tem implicações mais vastas. Ele só pode ocorrer em paralelo à transição da “consciência ingênua” (aquela que ignora os fatores e condições que a determinam) para a “consciência crítica” (aquela que apreende a realidade como um processo dinâmico, formatado pela história, na qual se insere). 

Nestes volumes, Vieira Pinto analisa as características fundamentais da “consciência ingênua” e discute as condições de sua superação, que, ao fim e ao cabo, deve conduzir o pensamento a ser regido por categorias como objetividade, totalidade, racionalidade, liberdade, atividade e nacionalidade. 

O nacionalismo revolucionário, que propõe, tem como referência “o projeto de uma nação a fazer”. Exatamente o desafio brasileiro atual, colocado de forma ainda mais aguda neste início do século XXI.

         Cesar Benjamin"