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Entre Lendas e História Narrativas que Representam a Identidade de São Luís

Entre Lendas e História Narrativas que Representam a Identidade de São Luís

Sinopse

Entre lendas e história: narrativas que representam a identidade de São Luís é um estudo que vem se aprimorando desde o ano de 2010, sobre as narrativas lendárias de São Luís do Maranhão. Essa cidade, que tem mais de 400 anos, possui uma identidade múltipla desde a sua formação, uma vez que foi iniciada por franceses, colonizada pelos portugueses e, por um curto período, dominada por holandeses. Além do mais, a cidade cresceu nos séculos XVIII e XIX, e a população diversificou-se com povos indígenas, europeus e escravizados africanos. Partindo da máxima de Roger Bastide de que "o folclore não flutua no ar" (BASTIDE, 1959, p. 7), as lendas ludovicenses não são meras narrativas, mas a forma do conhecimento popular sobre os fatos históricos e sociais. Desse modo, essas lendas servem como documentos sobre a história da cidade. Lendas como o Milagre de Guaxenduba e o Milagre de São João Batista remetem à religiosidade da população maranhense sobre os santos. Nesse sentido, a lenda da Serpente de São Luís é outra que trata da apropriação da cultura católica e portuguesa da fauna brasileira e a transforma em símbolo religioso negativado. Outra narrativa que envolve o mundo português e a religião presente no Maranhão é a do reitouro Dom Sebastião, que tem como personagem principal um rei português que existiu, além de tratar de questões messiânicas. Já as lendas que representam o século XIX, como a da Carruagem de Ana Jansen e o Palácio das Lágrimas, estão inseridas no contexto da crítica à escravidão negra, à relação de gênero e às condições sociais e políticas. A lenda da praia do Olho d'Água aborda a cultura indígena e o choque com a cultura ocidental. A lenda da Manguda, por sua vez, discorre sobre o comércio na cidade. Ainda neste livro, direcionado não só aos pesquisadores da cultura popular, mas também aos outros curiosos sobre esse tipo de narrativa, já que possui uma linguagem fácil, também é apresentado como a elite cultural apropriou-se desses elementos populares e utilizou-os em seus projetos de visão de mundo.