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Imigração e Identidade: Um Estudo Sobre Famílias Portuguesas no Rio de Janeiro

Imigração e Identidade: Um Estudo Sobre Famílias Portuguesas no Rio de Janeiro

Sinopse

O livro Imigração e Identidade: Um estudo sobre famílias portuguesas no Rio de Janeiro analisa famílias migrantes portugueses que se deslocaram para a cidade do Rio de Janeiro durante o período compreendido entre o pós 2a guerra mundial e 1974. Deseja contribuir para dar maior visibilidade ao processo de imigração portuguesa nesta cidade. Através da metodologia história de vida, acompanha a trajetória de famílias campesinas desde sua residência em Portugal, à mudança para o Brasil, à chegada ao Porto do Rio de Janeiro e os caminhos percorridos na nova terra. Inseridas num contexto marcado por múltiplas necessidades devido a uma agricultura insuficiente nas regiões do norte de Portugal, foram impelidas a emigrar. Este movimento acarreta transformações pessoais e coletivas envolvendo desagregação em termos de identidade cultural ou étnica. A primeira ruptura ocorreu antes da saída de Portugal com o próprio desmantelamento da sociedade camponesa dentro do contexto do desenvolvimento industrial no século XX. Um segundo momento de ruptura, é percebido durante a viagem e no início da estada em terra estranha. A terceira, transcorre através dos embates e conflitos produzidos no encontro com a cidade, isto é, na passagem de um mundo rural para o urbano. No Rio de Janeiro desenvolvem e concretizam complexos processos ou estratégias para se estabelecer e se fixar. Estas estratégias configuram-se em tentativas de integração à sociedade de acolhida por meio de negociação entre conjuntos de valores culturais. Obrigados a se adaptar a "novas formas de ver o mundo", os imigrantes tentam resignificar os seus valores. De um Iado, consideram a unidade familiar, portadora de recursos (materiais, culturais e simbólicos) e de necessidades e objetivos. Do outro, o contexto envolvente (físico, econômico, social e político) com seus constrangimentos e oportunidades. Enfatizam, assim, o papel da família, do trabalho e da religião como estratégias de afirmação de identidade em terra estranha na tentativa de garantir a coesão familiar e, ao mesmo tempo, integrar-se à cidade.