Neste livro, vencedor do VI Prêmio Cepe de Literatura, na categoria Poesia, Lilian Sais revolve, com os instrumentos da palavra, os sentidos poéticos de cavar, semear, desenterrar o passado, expor as chagas do presente. Porém, mais do que um livro sobre o luto e o sofrimento, ela retrata os momentos belos e simples que a vida oferece. Vendo a palavra como um pequeno milagre ao nosso dispor, Lílian Sais conclui que o sentido de cavar não é enterrar ou esquecer, mas sim uma tentativa de impedir a profanação de todos os aspectos da vida, a destruição dos rituais que nos fazem humanos; é menos esconder e mais lembrar, começar a construir a memória.