Se alguma culpa cabe às estrelas, não se pode afirmar. O que se sabe mesmo é que são elas uma das paixões de Deano, esse exímio narrador cheio de história para contar em "O menino das estrelas". Entre as aulas da professorinha Rita, papagaios, bolas de gude e o carinho para lá de especial dado por Letícia, as memoranças de Deano conduzem o leitor pelas peripécias juvenis de sua turma com muito apreço pela linguagem simples e pitoresca, iluminada aqui e acolá por sonetos e outros poemas, como estrelas de variadas magnitudes no límpido céu da fictícia Grotões dos Cajueiros, cujas condições atmosféricas são ideais para eventos astronômicos e um bom dedo de prosa.