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O objeto em psicanálise: da análise profana à construção do objeto a, 1926-1963

O objeto em psicanálise: da análise profana à construção do objeto a, 1926-1963

Sinopse

Em 1926, Freud publica o livro A questão da análise profana, que inaugura seu combate para separar a psicanálise da medicina. Freud travou esse combate no interior da instituição que ele havia fundado: uma nova categoria de psicanalistas, não-médicos denominados profanos, havia aparecido no final da Primeira Guerra Mundial e a maioria dos membros da instituição internacional fundada por Freud se opunha ao acesso dos profanos à prática da psicanálise e à qualidade de membros das instituições psicanalíticas. Em 1952, um conflito se inicia no interior da Société psychanalytique de Paris (SPP), então a única instituição psicanalítica existente na França. O que está em jogo nesse conflito se situa na sequência do combate travado por Freud na última parte de sua vida: a separação da psicanálise e da medicina. Os defensores da psicanálise profana, dentre os quais se encontrava Jacques Lacan, saem da SPP em 1953 para fundar a Société française de psychanalyse (SFP). Então, um novo combate se inicia dentro da SFP para obter a separação da psicanálise e da psicologia, processo de separação que durou dez anos, até 1963. O livro conta a história desse duplo combate, o primeiro travado por Freud, o segundo por Jacques Lacan. Uma vez a dupla separação efetuada, a psicanálise se desvela como sendo o que ela foi desde o início: uma retomada da questão colocada por Descartes em seu livro Meditações metafísicas. O que produz a junção entre o corpo e a mente? Freud respondeu a essa questão descobrindo o mecanismo da histeria e construindo o conceito de pulsão. Lacan respondeu por sua vez construindo o objeto a como um amboceptor assegurando o laço entre o corpo e a linguagem. Capa: Guido Viaro, Adão e Eva no Paraíso, 1960 (detalhe). Museu Guido Viaro, Curitiba.