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O Tempo Parou: Assim que Recebeu o Primeiro Tapa

O Tempo Parou: Assim que Recebeu o Primeiro Tapa

Sinopse

O silêncio foi profundo após o primeiro tapa. Apenas as buzinas dos carros podiam ser ouvidas. — Mas ele foi tão sincero quando me pediu perdão, jurou que isso não aconteceria de novo. Eu acreditei. Cresceu em um período de muita repressão militar. Censuras, dogmas e paradigmas. Ainda adolescente, seu pai desapareceu. Tudo que se sabia era que havia sido retirado à força da escola onde trabalhava sob acusação de subversão, assim como no caso da estranha morte prematura do jornalista. Aos seus 72 anos, Cecília conversa com seus fantasmas e seu pai pede: — Me tire dessa câmara fria, estou congelando! Me tire desse inferno. E seu primo apenas repetia: — Covardes, covardes, covardes. As trombetas anunciam a chegada da noiva. As portas se abrem sob a marcha nupcial. Cecília, uma jovem de 17 anos apaixonada por Carlos, anos mais velho que ela, autoritário e com perfil psicopata. — Prometo amar e honrar meu marido até que a morte nos separe. Bastaram alguns meses para que o ciúme possessivo tomasse conta de Carlos, a humilhação e a submissão usurparam seus sonhos. Os mortos preenchem a vida de Cecília, entre uma e outra estória. Mas a presença de Pepê foi fundamental. Pedro foi criado por sua avó Antonieta desde bebê e era chamado de mano Pepê. Cecília sempre teve um olhar de admiração por seu mano. Ele chegou alguns anos antes do nascimento de Ceci e tinha por ela um cuidado especial. Cresceram juntos. Já adulto Pedro vai embora e ela se casa. Os anos se passam, até o reencontro. Quando seus olhares se cruzam, já não tinha como negar todo o amor que existia entre eles desde a infância. Mesmo com toda relutância, Cecília se entrega ao amor de Pepê. A vida de Cecília, como de tantas outras, traz o tempo como figura central. Será que o passado existe ou ele está presente em algum lugar à nossa espera?