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Por um Cuidado Integral em Saúde das Mulheres Negras: As Narrativas das Mulheres Negras que o Método Clínico Centrado na Pessoa Não (dá) Conta

Por um Cuidado Integral em Saúde das Mulheres Negras: As Narrativas das Mulheres Negras que o Método Clínico Centrado na Pessoa Não (dá) Conta

Sinopse

Por um cuidado integral em saúde das mulheres negras: as narrativas das mulheres negras que o Método Clínico Centrado na Pessoa não (dá) conta é um ensaio crítico sobre os limites do cuidado produzido pela Medicina de Família e Comunidade na Atenção Primária à Saúde brasileira quando o foco desse cuidado é a vivência narrada sob a perspectiva das mulheres negras. Mulheres negras sofrem com o racismo institucional na saúde quando não têm suas produções de subjetividades, seus traumas e suas formas de viver a vida reconhecidas e acolhidas. Nesta obra, foram exploradas diferentes reflexões sobre cuidado e as razões pelas quais a perspectiva não racializada e o engessamento da produção de cuidado não permitem acessar as distintas vivências de mulheres negras, mesmo quando a profissional de saúde utiliza o Método Clínico Centrado na Pessoa, que é uma ferramenta utilizada na Atenção Primária à Saúde brasileira por médicas de família e comunidade, visando a uma abordagem integral da necessidade de saúde da pessoa cuidada. Tal ferramenta, quando utilizada de uma forma não racializada, potencialmente não alcança a profundidade dos distintos sofrimentos de mulheres negras brasileiras. Em vista disso, para produzir um cuidado em saúde racializado, é essencial que profissionais de saúde sejam capazes de se considerar de maneira integral e sejam capazes de se racializar para a construção de pontes para um cuidado, de fato, intersubjetivo. O Método Clínico Centrado na Pessoa, como ferramenta de comunicação clínica, não resolve o não acesso a vivências e narrativas não hegemônicas de sujeitos considerados Outros na sociedade. Todas e quaisquer ferramentas e métodos importados precisam ser contextualizados à dinâmica social brasileira e, portanto, racializados dentro da perspectiva de uma pretensa democracia racial.