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Sapatos trocados

Sapatos trocados

Sinopse

Se não fosse pelos sapatos trocados, Kapaxi não se tornaria uma lenda, sendo considerado além do mais veloz, também o mais bondoso dentre os animais da terra. Kapaxi recebeu um par de sapatos mágicos de Tuminkery (criador de todas as coisas) que o tornou o grande velocista e mensageiro oficial do reino animal. Ele possuía outros talentos: era também um excelente contador de histórias e sempre fazia a alegria dos pequeninos com seus "arranques" empoeirados por onde passava... Nas festas do Jabuti, ele era sempre o encarregado de convidar todos os moradores para a comemoração. E na festa da kayz waywepen (lua cheia) não foi diferente. Primeiro ele avisou a todos, e depois voltou para a casa do amigo para ajudá-lo juntamente com Aro na lida dos preparativos para o evento. Aconteceu que, durante a arrumação, Kapaxi e Aro, tiveram uma discussão infrutífera e lançaram um desafio: quem corria mais e quem cavava mais rápido um buraco. Desafio que seria cumprido após a festa. Só que eles não contavam que o cansaço seria um de seus maiores oponentes e por conta dele, trocaram seus amuletos: Aro calçou os sapatos de Kapaxi e esse, os de Aro. Com isso, Aro saiu em disparada e nunca mais foi visto e Kapaxi perdeu de vez o posto de mensageiro. Motivado a encontrá-lo, o Tatu nunca desistiu de procurá-lo por todo canto e por onde ia, cavava buracos para abrigar-se. Desta forma seguia sua vida: buscando incessantemente por Aro e também ajudando o próximo com os abrigos que deixava pelo caminho. Através de um texto lúdico e harmônico, Cristino contribui mais uma vez para seu engajamento nas questões culturais indígenas. E ainda nos apresenta informações sobre o seu povo, os Wapichana. Mauricio Negro, pesquisador de diversidades culturais, também dá conta do recado e usa diversas técnicas para deixar o livro ainda mais atrativo.

Autor

Cristino Wapichana é músico, compositor, cineasta, escritor e coordenados do NEARIN – Núcleo de Escritores e Artistas Indígenas / INBRAPI. Nasceu em Boa Vista – Roraima. Em 2007, foi vencedor do concurso Tamoio de literatura pela FNLIJ com o texto A Onça e o Fogo. Um ano depois, foi indicado ao Prêmio da Ordem do Mérito Cultural da Presidência da República pelos trabalhos relevantes em prol da cultura indígena brasileira.