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Subindo o Solimões

Subindo o Solimões

Sinopse

Desde que conheci a Amazônia fiquei imaginando como contar o que é a vida naquele mundão de meu Deus a quem não teve, e talvez não tenha, a oportunidade de viver essa interessante experiência.
 Afinal, aquela região é a metade do território do Brasil, mas é a metade que a maioria dos brasileiros desconhece... e olha que ainda tem Amazônia em mais oito países vizinhos.
 Invariavelmente quando alguém diz que já esteve por aqueles recantos se refere a Belém, Manaus, às suas imediações, ou mesmo à sua borda sul, ou seja, na reduzida parte onde acontece o dito turismo ecológico ou na parte em que a agroindústria vem avançando. Mas, não onde acontece verdadeiramente a vida naquela imensa região de água e floresta, aquela vida que existe em seu interior por muitas e muitas gerações.
 O que tenho lido a respeito foi um bocado de crônicas e contos sobre um tantão do que ocorre nas entranhas daquele mundo sui generis. Boa literatura.
 Mas, aqui vou tentar fazer um pouco diferente, esmiuçando um bocado o jeito de viver do caboclo, aquela conversa de pé de ouvido no dia a dia com a mata e com o rio e que tem permitido sua gente sobreviver ali por tanto tempo.
 Caçando u'a maneira de fazer a coisa ficar interessante findei por achar que se colocasse o assunto como uma aventura e contada por um forasteiro que ali viveu por algum tempo e, portanto, teve de se integrar à cultura do lugar e também se sentir gente do lugar, talvez fosse possível levar as pessoas a ler um pouco sobre a vida amazônida.
 Daí surgiu a ideia de transformar em um pequeno livro os registros amontoados durante uma viagem de barco que fizemos, minha esposa e eu, subindo boa parte do principal rio que corta ao meio o Estado do Amazonas, o Solimões, na verdade uns 1.000 km de Manaus a Jutaí.
 É como se fosse um diário de viagem, com breves comentários a respeito do que fomos observando e do que foi acontecendo durante o percurso da origem, o porto de Manaus às margens do rio Negro, ao destino, a vila de Copatana, no rio Jutaí, e o retorno até a cidade de Tefé, bem no centro daquele estado.
 Também busquei no fundo do baú uns fatos do passado enxertando-os no meio do texto, para ajudar entender como funcionavam as coisas por ali.
 A linguagem de propósito tem um bocado da mistura do "goianês" com o "caboclês", pois, afinal, é o relato de um forasteiro adaptado ao contexto daquela região, de como foi possível perceber e sentir a vida naquele mundo onde a natureza ainda ditava à época o ritmo da vida.